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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um anjo caiu do céu (1947)



Como Jessica disse na edição dos Clássicos de Natal do ano passado: então é Natal, e que filme iremos assistir? Tendo isso em mente, trazemos de volta a série de posts com clássicos natalinos para você entrar no clima da data.

E começamos com um filme de 1947, que traz nada mais, nada menos, Cary Grant no papel de um anjo um tanto quanto safado e conquistador. Além dele, Um anjo caiu do céu traz também David Niven (que tem cara do tio que faz a piada do pavê) e Loretta Young nos papéis principais, e contém todas aquelas boas sensações que geralmente os filmes ambientados nessa época nos provocam.

E olha, tomara que, se os anjos existirem, eles sejam igual ao Cary Grant nesse filme.


É época de Natal e um homem caminha pelas ruas observando as pessoas. Esse homem tem um olhar bondoso e gentil para todos que passam; ele os observa com ternura, e até para vez ou outra para ajudar alguém. Aos poucos nos damos conta de que esse cara tem uma certa... aura, digamos, especial. (amiga, oi? Claro que sim, afinal ELE É O CARY GRANT!) Então, você não está enganado: ele é um anjo que atende pelo nome de Dudley. Não um dos melhores anjos, segundo ele, mas com certeza um dos mais charmosos. HEHE

Dudley nessa de observar as pessoas, encontra uma sonhadora Julia (Loretta Young) namorando um lindo chapéu em uma vitrine. Ele fica encantado pela moça, e acaba por segui-la. Dudley percebe a tristeza dela, e nada mais justo do que investigar o que acontece; a moça é casada com o bispo da cidade, Henry (David Niven), que está envolvido no projeto de uma catedral, a ponto de deixar a família em segundo plano. Henry deixou de lado também os fiéis da antiga igreja, e até mesmo o seu amigo Prof. Wutheridge (Monty Woolley), que trabalha em um livro há anos, mas jamais escreveu uma só linha.


Eis que parece que todos os problemas acabaram. Henry está em seu escritório remoendo seus problemas, já que uma das principais financiadoras do projeto, quer que a catedral seja erguida do seu jeito, e como um memorial para seu falecido marido, e isso vai contra todos os princípios do bispo, que está disposto a deixá-los de lado pelo bem da tal construção. (Hey, hey, hey! Parece que estamos tendo um leve... Djavan déjà vu! Onde vimos isso antes, bem parecido?) Eis que no meio do dilema moral de Henry, aparece inesperadamente um sujeito na biblioteca. E, se a situação já não fosse estranha o suficiente, o tal estranho diz ser um anjo. (Bingo! Isso não parece com A felicidade não se compra?).

Na verdade, de início parece que vai ser isso mesmo. Dudley, o anjo, veio atender uma prece do bispo, e ajudá-lo a resolver os seus problemas. Mas será que os tais problemas de Henry são mesmo aqueles que ele pensa que tem? Acertou! Dudley tenta colocar um juízo na cabeça do bispo, já que ele, sem perceber, acabou por afastar-se da família. Henry, então, acaba tendo que aceitar o anjo em sua vida, e o mesmo se apresenta a todos como seu assistente. Se a situação não é complicada o suficiente, Dudley acaba meio que se apaixonando por Julia, a esposa de Henry, e acaba se tornando o queridinho da família, inclusive da filha do casal, e completamente adorado pelas empregadas da casa.

Definitivamente, é muito diferente de A felicidade não se compra! Nessa confusa situação, se destaca a personalidade de Dudley, que quer ajudar, mas ao mesmo tempo, parece querer tomar Julia de Henry! E ainda assim, ele consegue demonstrar aquele que deveria ser, com o perdão do clichê, o verdadeiro sentido do Natal: ajudar as pessoas da melhor forma e desinteressadamente. Ser gentil com todos o quanto for possível, e valorizar a família, seja ela do tamanho ou forma que for: o importante é amar o seu próximo. Claro que há uma forte religiosidade cercando o filme, mas não é o centro; digamos que é só um pano de fundo. O que fica realmente é aquele altruísmo que deveríamos ter. Assim como o querido Dudley.

Se você quiser assistir esse clássico natalino pra entrar no clima da data, trazemos os links, já testados, abaixo. 


Boa sessão, e feliz Natal!


Publicado por Camila Pereira.

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