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terça-feira, 30 de junho de 2015

Bye bye blogspot!


O CINE ESPRESSO ACABOU? AI MDS! CALMA, JOAN!


Talvez vocês estejam estranhando a falta de atualizações aqui no Cine Espresso. Mas não se alarmem, pois como já dizia Judy Garland: happy days are here again!

Há mais ou menos um mês migramos do blogspot para um lugarzinho só nosso: o Cine Espresso.com

O que mudou? Nada! Continuamos com as reviews e fofocas, sempre com muito café no bule. 

Venha conosco nessa nova e empolgante fase do Cine Espresso.

See you there!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Audrey & Bill: an affair to remember

"She was the love of my life." 
"He's my guardian angel, the most handsome man I’ve ever met."
Uma vez a Jess comentou aqui no blog sobre o quanto de tristeza e tragédia se esconde por trás dos sorrisos das estrelas de Hollywood. De imediato, lembrei de vários casais que não deram certo, por um motivo ou outro. O meu favorito nesse quesito "casal que nunca foi" é aquele formado por Audrey Hepburn e William Holden, casal, aliás, desconhecido por muita gente.

Audrey e Bill se conheceram no set de Sabrina, em 1954, ficaram amigos, começaram um caso, e sofreram juntos com o desprezo de Humphrey Bogart. Mas eles se amavam loucamente e não estavam nem aí.

Tudo parecia se encaminhar de um divórcio da esposa de Bill para um casamento feat uma penca de filhos. Só parecia...

Porque deu ruim.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Aconteceu naquela noite (1934)


Quando eu volto no tempo e lembro da época em que comecei a me apaixonar pelo cinema clássico hollywoodiano, a primeira coisa que me vem à mente é a absurda quantidade de vezes que assisti Aconteceu naquela noite quando eu tinha 12/13 anos de idade. Eu não sabia baixar filmes, e minha única fonte de filmes clássicos era uma (hoje finada) locadora especializada em filmes antigos. É óbvio que eu copiava os filmes para poder vê-los quantas vezes quisesse, se gostasse. Apaixonada por Clark Gable, devido às repetidas sessões de ...E o vento levou, fiquei muito feliz ao encontrar o lindo na capa de Aconteceu naquela noite. Levei para casa e assisti imediatamente. E simplesmente foi amor à primeira vista. Durante os meses seguintes, não passava uma semana sem que eu revisse essa deliciosa comédia romântica.

Muito mais tarde eu descobriria que o diretor dessa maravilha se chamava Frank Capra, e que aquela era só a entrada VIP para sua filmografia fascinante.

No dia em que comemoramos o nascimento de Capra, relembramos Aconteceu naquela noite, um dos maiores sucessos da carreira do diretor, e a mãe de todas as comédias românticas.

terça-feira, 12 de maio de 2015

A mulher do dia (1942)



Hoje seria aniversário de uma das mulheres mais influentes e pra frentex que já tivemos em Hollywood. Em um sistema dominado por homens, em que as mulheres tinham bem menos poder do que atualmente, ela atreveu-se a quebrar regras. Não foram as calças compridas que tornaram Katharine Hepburn mundialmente famosa; e sim sua personalidade, que muitas vezes atravessava os papeis que fez no cinema.

A mulher do dia é um desses incontáveis trabalhos de uma atriz que foi indicada 12 vezes ao Oscar. Sua personagem, Tess Harding, é uma mulher completamente fora dos padrões esperados em 1942. Apesar da lição de moral sexista dada no final do filme (segura o spoiler!), Kate aproveita para dar aquela sapateada básica na cara do cinema. Aqui ela é uma mulher influente, independente, tudo que gostaríamos de ver mais em filmes antigos. Além disso, A mulher do dia foi o primeiro filme da parceria Katharine-Spencer Tracy dentro e fora das telas. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

A vênus loira (1932)




Foi através de Os sonhadores (2003) que surgiu a vontade de ver A Vênus loira, e conhecer o trabalho de Marlene Dietrich. Eva Green imitando a uma das cenas mais famosas do filme é algo difícil de esquecer; lembro que assim que terminei de ver esse filme eu corri procurar todos os filmes que são citados, e A Vênus loira foi um dos primeiros que assisti. Para finalizar a homenagem do Cine Espresso às mães, decidi escrever sobre esse filme – apesar de não ter sido minha primeira escolha – após uma refrescada na memória, na qual me veio a forte lembrança de Helen Faraday, e Dietrich dando vida a essa personagem.

domingo, 10 de maio de 2015

Flores do pó (1941)

 There are no illegitimate children. There are only illegitimate parents!
Quando conversamos a respeito dessa ideia de escrevermos sobre filmes que retratam mães, na hora me veio à cabeça a linda da Greer Garson me fazendo chorar largada em Flores do pó, filme que comprei o ano passado em um momento de surto no site da Saraiva. Nunca tinha assistido nada com a atriz, e logo me apaixonei pela interpretação impecável dela como Edna, uma mulher forte e batalhadora, que realmente existiu nos Estados Unidos, e lutou contra o preconceito que existia com crianças que viviam em orfanatos.

Nessa cinebiografia, Greer Garson iniciou uma parceria de sucessos nas telas com Walter Pidgeon, que se estenderia por mais 7 filmes. Como Edna, ela encantou os telespectadores, no papel de uma "mãe de todos", que lutou pelos direitos das crianças e por melhores condições de vida para as crianças em orfanatos, e que por isso, merece ser relembrada nessa data especial.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Entre Duas Águias (1932)


Na época em que "Devil and the Deep" foi lançado, Tallulah Bankhead já tinha uma carreira consolidada no teatro, participando de uma dúzia de peças em Londres, onde permaneceu por oito anos. Retornou aos Estados Unidos na década de 30 para fazer filmes e o primeiro deles foi "Tarnished Lady" dirigido por George Cukor, Bankhead comportou-se bem no set e as filmagens foram concluídas sem problemas. A verdade é que a atriz achava a produção de filmes entediante, mas a oportunidade de ganhar $50.000 por filme era muito atrativa para ser rejeitada. Em 1932, Tallulah completa 30 anos de idade e protagoniza "Entre Duas Águias", que destacou-se pela presença de três grandes atores no elenco: Gary Cooper, Charles Laughton e Cary Grant. Alguns anos depois, Tallulah declarava "Dahling, the main reason I accepted [the part] was to fuck that divine Gary Cooper!".

Nesse 7 de maio, comemora-se o aniversário do ator de talento imensurável. Gary Cooper protagonizou filmes por mais de três décadas, foi forasteiro e galã de Barbara Stanwyck, Ingrid Bergman, Claudette Colbert, Joan Crawford, Marlene Dietrich e também nesse Pre-Code pouco conhecido com nossa Tallulão.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Stella Dallas - Mãe Redentora (1937)




You may say that Stella is crude and noisy and vulgar. She is. But when you get through with the play you also must say 'That was a woman'. And it means something to play a real person. I've had so many other kind to do; pretty woman who didn't matter. Stella is real.
Barbara Stanwyck

Muito antes da Senhora Bates ou da Mamãezinha Querida de Faye Dunaway tocarem fogo no cabaré, uma outra mãe marcou história no cinema em 1937. Essa mãe não mantinha um relacionamento pra lá de estranho com o filho ou supostamente o surrava com cabides. Ela, na verdade, era o símbolo do sacrifício e da redenção. Estamos falando de Stella Dallas, a mãe redentora que transformou a carreira de Barbara Stanwyck para sempre. 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Dois velhos rabugentos (1993)




Jack Lemmon sem Walter Matthau poderia ser um trecho da canção daquela canção que começa com avião sem asa, fogueira sem brasa... Lemmon e Matthau formaram uma das grandes parcerias cômicas em Hollywood, estrelando dez filmes juntos. O primeiro deles foi Uma loura por um milhão, dirigido por ninguém mais ninguém menos que Billy Wilder. Depois veio o clássico dos clássicos Um estranho casal e o resto é história. 

Que tal uma dose desses dois no feriado? Coroada com toques de Ann-Margret? Estamos falando de Dois velhos rabugentos, o sexto filme da dupla. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

#Momento Hedda Hopper: O causo Barbara Stanwyck e Robert Taylor




Eles jantavam juntos na casa dela ao som de Benny Goodman. Para ele, ela era a melhor professora da vida que ele já teve, a greater “pro”. Ela tinha acabado de sair de um casamento/relacionamento abusivo e não queria ser vista ao lado dele. Eles jantavam ao lado de Joan Crawford e Franchot Tone. Eles eram nada mais nada menos do que Barbara Stanwyck e Robert Taylor.

Missy e Bob (seus respectivos apelidos) foram casados durante 12 anos, quase se separaram por causa da atriz Lana Turner e teriam explodido a Internet se ela existisse nos anos 40. Só se falava neles! Bob, um ator que despontava na MGM, e Missy, a mais recente divorciada do pedaço, saindo para jantar e dançar.

Como um dos casais mais famosos de Hollywood se conheceu? Em que circunstâncias?

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Na cama com Madonna (1991)

 She doesn't want to live off-camera, much less talk. There's nothing to say off-camera. Why would you say something if it's off-camera? What point is there existing? (Warren Beatty)
Madonna é um ícone que dispensa apresentações. Na música pop ela foi responsável por abrir caminho e derrubar barreiras, sendo quase que diretamente responsável pela liberdade que as divinhas pop de hoje em dia tem. Pode anotar: quase tudo que elas fazem, a chamada Rainha do Pop provavelmente já fez antes. Apesar disso, Madonna não é unanimidade - tem haters na mesma medida que tem fãs.

Grande fã do cinema clássico, que já homenageou diversas vezes de muitas formas, tendo como inspiração nomes como Marlene Dietrich e Marilyn Monroe, parece quase óbvio que uma hora ou outra ela acabaria se arriscando no mundo do cinema. Até mesmo seus dois casamentos foram com homens do meio (Sean Penn e Guy Ritchie), e abriram portas nesse sentido. Mas as incursões de Madonna no mundo da sétima arte não foram bem sucedidas na maior parte do tempo. Mesmo tendo levado um Globo de Ouro pela bela atuação em Evita (1996), a cantora foi alvo de chacota em muitos de seus filmes - já ganhou inúmeros Framboesas de Ouro e até mesmo foi eleita a pior atriz do século. Mesmo as suas tentativas de dirigir filmes, foram ridicularizadas.

Em 1991, quando Taylor Swift ainda usava fraldas, Madonna estava no topo do mundo. Acumulando sucessos e polêmicas, ela consolidou a imagem de Rainha do Pop durante a turnê Blonde Ambition. No show, munida de seu famoso sutiã de cone de Gautier, ela jogava na roda temas como religião, sexo, família, relacionamentos - tudo na mesma intensidade. O documentário Na cama com Madonna acompanha a intensa turnê, e mostra a cantora da maneira como ela gostaria de ser vista - ou seja, foi atuação pura. Uma mãe para os seus dançarinos, uma guerreira na luta pela igualdade, um ícone.

A melhor atuação de Madonna não foi como Eva Perón, ao contrário do que a maioria pensa.

A melhor atuação de Madonna foi vivendo Madonna nesse documentário. Da maneira como ela se via: uma deusa, uma louca, uma feiticeira um ícone pop, uma diva irresistível. Uma lenda.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Círculo do medo (1962)



A gente sabe que o ator é bom quando ele consegue com que você o odeie quando na verdade você o ama de paixão. A atuação de Robert Mitchum em Círculo do Medo é algo tão surreal, tão asqueroso e nojento que eu, uma fã ardorosa de seu trabalho, não consegui até agora me livrar da sensação de vê-lo nesse filme.

Se você é do tipo que acha que filmes de suspense ou terror da era de ouro de Hollywood não conseguem te envolver, Círculo do Medo chegou para acabar com suas convicções. Você vai sentir na pele a tensão dessa história envolvente sobre vingança.

Inspirado no livro The executioners, Círculo do medo conta a história de Sam Bowden (Gregory Peck), um advogado que leva uma vida pacata e normal ao lado da esposa e filha até o dia em que Max Cady (Robert Mitchum), um homem que Bowden ajudou a mandar para a cadeia após testemunhar contra ele, começa a persegui-lo para vingar-se dele.

terça-feira, 7 de abril de 2015

A embriaguez do sucesso (1957)



Se você adora a canção The lady is tramp, consagrada na voz de Frank Sinatra, provavelmente deve conhecer Walter Winchell de ouvido. I follow Winchell and read every line diz a letra. Pois esta pessoa foi uma das maiores colunistas de fofoca norte-americanas, dando espaço para que as Hedda Hoppers e Louella Parsons aparecessem depois. A fama é tão grande que ele foi inspiração para um conto e um filme!

No aniversário de Walter Winchell, estaremos servindo A embriaguez do sucesso, um filme noir com um dialogo ácido e rápido, paisagens de tirar o fôlego e que fala sobre daquilo que corrompe o homem desde que o mundo é mundo: o sucesso.

domingo, 5 de abril de 2015

Bette Davis e suas gêmeas

Hoje seria aniversário de uma das maiores atrizes que o mundo já ouviu falar: Bette Davis. Eu, como muitos sabem, sou aficionada por Jeanne Moreau, mas meu primeiro amor foi titia Bette, sorry Jeanne! Com certeza ela é uma das grandes responsáveis por eu gostar tanto de cinema como gosto hoje. Bette Davis é uma atriz mais que completa, ao longo de sua carreira protagonizou personagens memoráveis entre ele o de gêmeas. Se dizem que um é pouco, dois é bom e três é de mais, isso de forma alguma pode se aplicar a Davis, e suas duas gêmeas: Kate /Patricia Bosworth (Uma vida roubada, 1946) e Margaret De Lorca / Edith Phillips (Alguém morreu em meu lugar, 1964). Com quase 20 anos de diferença entre um filme e outro, possuem características tão iguais que até imaginamos um filme como sequência do outro.


terça-feira, 31 de março de 2015

Entre Deus e o Pecado (1960)


"Um dia acordei como estrela. Fiquei amedrontado. Então trabalhei mais a fundo para me tornar um bom ator." - Burt Lancaster

Essa afirmação fica bem diante de nossos olhos assistindo "Entre Deus e o Pecado", filme que rendeu a Lancaster um Oscar de Melhor Ator em 1961. A adaptação de Richard Brooks para esse romance controverso, revela a faceta manipuladora de algumas igrejas evangélicas que transformam religião em negócio. Nenhum estúdio ficou interessado em financiar tal projeto "impensável", fazendo o cineasta inventar sua própria produtora e negociar a distribuição com a United Artists, estúdio aberto a produções indepentendes. O filme conta ainda com a cantora Patti Page e Jean Simmons, no papel de uma líder religiosa, ovacionada por centenas de fiéis durante os sermões e nos faz lembrar até de Cleycianne ou Aline Barros, divas Gospel do nosso país.

A carta (1940)

 He tried to make love to me and I shot him.

Talvez a primeira imagem marcante que tenho de Bette Davis seja a de seu rosto, num misto de loucura e coragem, após ter disparado contra um homem desconhecido na varanda de sua casa. Naquela época, eu dava meus primeiros passos como fã de Miss Davis e lembro da felicidade de ter finalmente comprado a edição de seu box, lançada pela Warner Brothers. A carta foi o primeiro filme dos quatro que integravam a coleção que assisti. Uau! Que belo começo! Você nunca mais esquecerá o rosto de Bette Davis (e tem como?) depois de assistir a esse filme.

Por quê? Porque temos trilha sonora de Max Steiner, amor, cinismo, ódio, atuações magníficas, affairs nos bastidores… tudo isso coroado pela mágica direção de William Wyler!



terça-feira, 24 de março de 2015

Testa de ferro por acaso (1976)



A América, terra das oportunidades, com sua imponente Estátua da Liberdade, foi palco de um dos maiores episódios anti-democráticos nos anos 50: o Macarthismo. Conhecido também como "Caça às bruxas", essa foi uma época em que ser comunista ou apenas simpatizante significava desgraça pessoal. 

Em defesa dessa falsa "liberdade de expressão", afinal o comunismo ameaçava os valores americanos, pessoas foram despedidas de seus empregos, perseguidas e até levadas ao suicídio. 

A caça às bruxas é um reflexo da Guerra Fria, mas muito mais do que isso; reflete a deturpação da expressão liberdade de expressão. Liberdade de expressão para quem? Certamente não para aqueles que eram comunistas. Quanta ironia a dita "terra das oportunidades" caçar e exterminar a vida dessas pessoas simplesmente por suas crenças políticas.

Esse é o tema do filme Testa de ferro por acaso, um dos relatos mais verdadeiros do que o governo americano fizera com as vidas de pessoas que trabalhavam em Hollywood ou na televisão. Também quem pudera: o filme fora escrito e dirigido por pessoas que foram caçadas naquela época. Deu para sentir o grau de realness?

segunda-feira, 23 de março de 2015

A costela de Adão (1949)


Nunca escondi aqui no blog que Katharine Hepburn é a minha atriz favorita, e que o casal que ela formou com Spencer Tracy dentro e fora das telas me deixa em modo sofrência. Já dediquei um post antes para falar da história dos dois, e do quanto admiro/invejo a capacidade de Kate ter amado esse cara de maneira tão incondicional e não-egoísta (logo ela, que era uma pessoa tão "eu, eu, eu"). 

Bom, essa linda química não ficava só nos bastidores: eles fizeram nove filmes juntos, e se tornaram o casal-modelo das comédias românticas da maneira que as conhecemos hoje - o par que se detesta e se alfineta o tempo todo, mas que no fim das contas, acaba junto; a velha comédia da guerra dos sexos. Esse foi um tema que permeou alguns de seus filmes. O exemplo mais claro disso - e também meu favorito da dupla - é A costela de Adão, de 1949.

Katharine Hepburn sempre foi uma mulher fora do comum, a frente do seu tempo. Em uma sociedade machista e patriarcal, ela sempre fez o que quis sem perguntar a opinião de alguém. Foi a mulher fabulosa que sua família a criou para ser. Mas o que isso tem a ver com o filme? Pois é. Acontece que Amanda, a personagem da atriz em Adam's Rib, é mais uma daquelas que deixa transparecer nas telas muito do que ela pensava e era. Não tinha pra ninguém. Muito menos para o pobre personagem de Spencer, Adam.

terça-feira, 17 de março de 2015

#Top 6 beijos lésbicos no cinema

SEGURA O FORNO!



Ontem à noite tivemos um momento histórico na história da telenovela brasileira. Já sabíamos que a trama de Gilberto Braga, Babilônia, viria para causar, mas não esperávamos um beijo lésbico logo no primeiro capítulo!

A cena entre Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro foi linda, cheia de ternura, amor e, por que não dizer, sensualidade? Sim! A família brasileira tradicional está oficialmente enterrada. E é só o começo!

Aproveitando a "polêmica" que o beijo causou, o Cine Espresso traz um top 6 dos melhores beijos lésbicos protagonizados no cinema. Afinal de contas não é de hoje que a sétima arte retrata o amor entre duas mulheres.

sexta-feira, 13 de março de 2015

A Casa Sinistra (1932)


Sempre tive curiosidade de assistir ao filme de James Whale, o homem por trás de grandes obras do terror nos anos 30, como O Homem Invisível, A Ponte de Waterloo e Frankenstein. Entretanto, "The Old Dark House" é um dos grandes percursores de filmes sobre casas mal assombradas, lançado em 1932, traz Boris Karloff no elenco (repetindo a parceria de Whale e Karloff após o sucesso de Frankenstein, no ano anterior), Charles Laughton, Melvyn Douglas (diversas vezes par romântico de Greta Garbo e Joan Crawford) e Gloria Stuart (que apareceu em ótimos filmes na década de 30 e retornou ao cinema em 1997, para interpretar a Rose 'velhinha' em TITANIC de James Cameron).

Nessa sexta-feira 13 recomendamos apagar as luzes, pegar a pipoca e o kisuco para se divertir com o clássico de James Whale. "A Casa Sinistra" tem lama, chuva, trovões, luz de velas, comédia e até alguns sustos!

terça-feira, 10 de março de 2015

O clube das desquitadas (1996)



Anteontem, dia oito de março, foi o dia internacional da mulher. Muito mais do que receber flores, parabéns ou chocolates esse é um dia (e todos os outros 364 do ano também) para refletirmos à respeito de como Hollywood retrata as mulheres. Por que não vemos diretoras, roteiristas sendo indicadas ao Oscar? Por que mais atrizes negras não vencem o Oscar? Por que Patricia Arquette tem de discursar a favor de salários e direitos iguais (e seu discurso foi bem problemático, mas não vamos entrar nesse mérito por aqui) em 2015? Porque, amigx, a verdade é que ainda há um caminho muito comprido a ser percorrido pelas mulheres.

Queria ter escolhido um filme que emponderasse as mulheres, mas lá pelas tantas pensei que valeria mais a pena levantar problemas para que possamos pensar em como o cinema nos retrata. O clube das desquitadas é um de meus filmes favoritos e, como feminista, é duro ver alguns clichês repetidos à exaustão como mostrar que as mulheres são inimigas umas das outras e que a felicidade plena se baseia na escolha de alguém para passar o resto da vida com você.

domingo, 1 de março de 2015

Edie & Thea: um longo compromisso (2009)



Edith Windsor e Thea Spyer me escolheram. Agora tenho certeza disso. Conheci essas simpáticas moças da foto acima quando estava olhando algumas fotos históricas de mulheres lésbicas. Elas eram as últimas e a foto delas me chamou muito a atenção: estavam muito perto, prestes a se beijarem. Aquela foto refletia tanto amor que imediatamente coloquei de fundo da minha área de trabalho. Sem ao menos conhecê-las. Eu ficava olhando para essa foto fascinada. Queria decifrar os traços de cada uma delas, o que estavam pensando quando aquela foto foi tirada? O que aquele momento realmente capturou?

Minha alma de tradutora, incansável nas pesquisas, levou-me a pesquisar mais sobre essas duas mulheres maravilhosas. Edie e Thea foram uma inspiração para a comunidade LGBT, um exemplo de resistência. E não é a toa que existe um documentário sobre as duas, Edie & Thea: um longo compromisso.

Aí começou a via crucis que passo toda vez que fico obcecada para encontrar algum filme ou documentário:

1) Quase contamina o computador com um Cavalo de Troia;
2) Desiste por algumas semanas;
3) Olha todos os vídeos no Youtube, fica mais obcecada ainda e decide que vai achar. É agora ou nunca!
4) Acha o arquivo e deixa o computador ligado por dias esperando ansiosamente o download terminar;

E vou dizer: valeu cada minuto essa espera. As palavras “resistência”  e “amor” vão adquirir outro significado quando você assistir a esse documentário. E se você não chorar, ou pelo menos derramar uma lágrima que seja, não sei mais o que pode lhe tocar.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1955


"Ali estávamos, só nós dois. Foi terrível. O momento mais solitário da minha vida."

Se tem um ponto sensível na vida de quem gosta de cinema, relacionado ao Oscar, é a premiação da Academia de 1955. Até hoje muita gente se incomoda e defende com unhas e dentes o Oscar de Judy Garland. Não sei bem ao certo se sou uma dessas. E ainda me incomodo um pouco ao dizer isso, por causa de gente xiita, mas afirmo que tem coisa MUITO pior em relação ao Oscar (Gwyneth Paltrow, alguém?).

Mas, vamos por partes. Nem só de Grace Kelly surrupiando o Oscar da Judy vive a 27ª edição da premiação mais polêmica - e às vezes flopada - de todos os tempos. Teve todas aquelas coisas que sempre tem: gente bonita, falsidade, lindos vestidos, chapéus estranhos, gente com cara de bunda, e filme que merecia ganhar, ganhando.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1952



Faltam quatro dias para o Oscar e ainda não nos cansamos de analisar essa cadeia hereditária que são as premiações da Academia.

No dia 20 de março de 1952, uma tarde de quinta-feira com um lindo sol azul, um dos filmes mais ousados que a Old Hollywood já conhecera varria quase todos os prêmios de melhor ator e atriz. Além disso, Gene Kelly estrelou “Um dia difícil para os inimigos”, levando para a casa o Oscar Honorário. E o filme mais caro de 1951 que não levou nada para a casa? Quo Vadis só levou prêmio de melhor escândalo do ano.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1941


Em plena Segunda Guerra, Hollywood vivia um momento We are the world, com uma série de filmes e ações numa espécie de esforço de guerra. Na 13ª edição do Oscar, que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 1941, dentre outras coisas, teve o presidente Franklin D. Roosevelt discursando via rádio, Bette Davis num momento representante da turma, lacrando ao falar sobre a Guerra, ex-namorados ganhando prêmios, melhores amigos concorrendo na mesma categoria, gente fazendo a Katy Perry no banco do Grammy e, por fim, vencedores inesperados - e os mesmos esnobados de sempre.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1975


Coppola com medo de fazer filme, CÊ JURA?
Hollywood já não era mais a mesma em 1975. O cinema passava por uma revolução, encabeçada por nomes como Martin Scorcese, Francis Ford Coppola e Peter Bogdanovitch.  Particularmente, eu acho o Oscar dos anos 70 bastante significativo, pois esses diretores e alguns outros provaram para a Academia que dançar conforme a música deles rendia bons frutos. Os maiores temores dos estúdios, como O poderoso chefão, tornaram-se sucessos comerciais. Afinal esses jovens com umas ideias malucas na cabeça até que sabiam o que estavam fazendo.
O que teve em 1975? Muitas tretas de bastidores! Se olharmos para a história do cinema é engraçado pensar que Faye Dunaway e Roman Polanski se odiavam ao ponto de ela jogar uma xícara de xixi na sua cara (mais detalhes a seguir) e que Coppola estava temeroso ao realizar a continuação de O poderoso chefão. Porque no fim deu tudo certo. Faye concorreu ao Oscar e Coppola finalmente ganhou a estatueta de melhor diretor.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1940


Costuma-se dizer que 1939 é o melhor ano do cinema ever. Era de se esperar, então, que no ano seguinte, na premiação da Academia, o kisuco fervesse. Muitos filmes ótimos e memoráveis foram feitos naquele ano, do tipo que lembramos até hoje - realmente, você se lembra de TODOS os filmes que concorreram ao Oscar há cinco anos atrás?

Então... 1939 foi um ano inesquecível do cinema, e, é claro, isso se refletiu no Oscar de 1940 - meu ano favorito da premiação.

Teve prêmio de melhor ator marmelada, gente fazendo história, E o vento levou lacrando, aquele veneninho básico, and more.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

#Vídeos: Contagem regressiva para o Oscar: os esquecidos pela Academia - Parte I



Na contagem regressiva para o Oscar, o Cine Espresso relembra alguns atores e diretores esquecidos pela Academia.

Afinal a tradição da Academia de sacanear atores e diretores não começou com Leonardo Di Caprio!

Mais? Só assistindo para saber!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1945



Quinta-feira, dia 15 de março de 1945. E lá se ia embora o Oscar de melhor atriz, nas mãos de Ingrid Bergman, quando deveria estar nas de Barbara Stanwyck. Billy Wilder também viu o Oscar de melhor filme e diretor ser surrupiado de suas mãos. Em 1945, as coisas não eram muito diferentes do que vemos nas premiações de hoje. Hollywood já era especialista em premiações arbitrárias.

O Cine Espresso continua a série de posts sobre a premiação do Oscar, dessa vez relembrando o melhor e o pior da cerimônia de 1945.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1947

A época das premiações é a mais esperada do ano pelos cinéfilos. É hora de fazer as apostas e se reunir na casa dos amigos, juntamente com o balde de pipoca, para assistir à cerimônia do Oscar. Enquanto isso ainda não acontece, o Cine Espresso começa uma série relembrando o melhor e o pior de alguns anos da premiação do Oscar. Pegue a xícara de café e venha conosco!

O ano de 1947 foi um ano em que o Oscar mais parecia uma novela mexicana do que qualquer outra coisa. Teve chororô, barracos ao estilo Programa do Ratinho e gente esnobada de novo por Hollywood.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

#Top 100 Looks do cinema - #3 - Marlene Dietrich em "O Expresso de Shangai" (1932)


Vamos à mais um dos figurinos da série sobre os looks do cinema?

Por Lucas Kovski

Exotismo, barroquismo e tecnologia, aliada ao figurino, usados por Marlene Dietrich em O Expresso de Shangai.

Desenhado por, ninguém mais, ninguém menos, que um dos maiores figurinistas das décadas de 20/30/40, o chefe de design da Paramount, Travis Banton, um dos maiores sinônimos de moda no cinema. Seu estilo de cortes simples e fluídos, geralmente feitos especialmente para aderir ao corpo da atriz, e aliados sempre a algum tipo de detalhe que adicione glamour barroco ao look (penas, paetês e peles), é uma das marcas do glamour Hollywoodiano da década de 30. Segundo Banton "Nenhuma roupa é totalmente sem graça, só precisamos de uma dúzia de penas e algumas lantejoulas".

Tal marca alcançou seu status icônico no famoso conjunto usado por Marlene Dietrich em O Expresso de Shangai, de 1932.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Relíquia Macabra – O falcão maltês (1941)



No ABC do filme noir este filme é indispensável. Considerado o primeiro grande filme noir, Relíquia Macabra  é recheado de curiosidades e fatos improváveis. O romance entre Mary Astor e o diretor do filme, John Huston, e a pegadinha que John Huston aplicou em seu pai são alguns dos curiosos fatos que permeiam este clássico do noir. Mas acima de tudo, o filme deu as diretrizes para todos os detetives famosos que viriam a seguir. Sam Spade é o Sherlock Holmes do século XX e foi Bogart quem o imortalizou.

Recentemente tive a oportunidade de ler O falcão maltês, romance de Dashiel Hammett que inspirou o filme de John Huston. Eu já tinha assistido ao filme, há muito tempo atrás, e minha impressão não foi a melhor possível. Agora era uma questão de vida ou morte revê-lo depois de ter lido o livro. A surpresa não poderia ter sido mais positiva. O filme é tão fiel ao livro que chega a ser emocionante. Diálogos inteiros do livro foram colocados no filme, e se pensarmos que Howard Hawks disse a Huston que ele deveria “filmar o livro” isso faz todo o sentido. Porém, nossa intenção não é comparar livro e filme; e sim mostrar o que faz dele tão aclamado no mundo do noir.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

#Top 10 filmes de Jeanne Moreau



No dia 23 de janeiro uma das maiores atrizes que o cinema francês já conheceu  - e não estamos falando sobre Catherine Deneuve, pardon - estará completando 87 anos. Jeanne Moreau tem uma carreira que se confunde com a própria história do cinema. Com 146 filmes no currículo ela se envolveu em muitos projetos ousados, incluindo um filme rodado no Brasil, Joana Francesa
E como nem só de Jules e Jim vive o homem, muito menos a carreira de Jeanne Moreau, o Cine Espresso homenageia esta legendária atriz escolhendo seus 10 melhores filmes. Eles não estão agrupados do mais fraco ao mais forte, para nós é muito difícil escolher apenas 10, acreditamos que todos são maravilhosos. Vem!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Ciúme, sinal de amor (1949)


"I adore the man. I always have adored him. It was the most fortunate thing that ever happened to me, being teamed with Fred: he was everything a little starry-eyed girl from a small town ever dreamed of."
(Ginger Rogers)

"He gives her class and she gives him sex appeal."
(Katharine Hepburn)

Hollywood é a terra, entre outras coisas, da fofoca. É meio que impossível distinguir os boatos das verdades. Algumas dessas fofocas acabam por tornarem-se lendas. É o caso do relacionamento profissional e pessoal de Fred Astaire e Ginger Rogers.

É impossível falar do último filme que essa dupla fantástica fez, sem comentar sobre os aspectos pessoais que envolveram a parceria. Isso porque The Barkleys of Broadway, de 1949, dizem as más línguas, é de certa forma uma fábula daquilo que foi o relacionamento real entre Fred e Ginger.

domingo, 11 de janeiro de 2015

A outra (1988)



Existe duas coisas que eu deveria evitar e não consigo: os filmes existenciais e os livros de Marguerite Duras. Esses últimos me despertam uma tristeza tão grande que é muito difícil terminá-los. Quando estava lendo O amante, lembro de ter chegado a uma parte em que chorei feito um bebê. Era como se ela escrevesse para mim. Eu passava por uma época difícil e aquele livro era extremamente deprimente, um deprimente tão belo que era impossível largar. A vida é assim: um deprimente belo.

Mas o que Marguerite Duras tem a ver com A outra, filme de Woody Allen de 1988?

Tudo, tudo.

Hoje terminei Yann Andréa Steiner (nossa colaboradora de Cine Espresso, Patrícia, vai entender bem meus sentimentos), um romance sobre o romance da autora com o então jovem Yann, muitos anos mais jovem que ela. Ontem assisti a A outra, e livro e filme me despertaram uma melancolia/tristeza como eu não sentia há muito tempo. O vazio existencial nunca pareceu tão claro ao terminar o livro e o filme.

A outra é um soco bem dado no estômago. Trata-se de um Woody Allen sério, com diálogos cortantes, verdadeiros, tristes. Algo que eu já havia vivenciado com Blue Jasmine, mas numa dimensão muito piorada aqui. Isso porque durante a 1h20 de filme tive a sensação de que a personagem de Gena Rowlands era eu. Que aquele filme falava para mim. Não importava que a personagem tinha 50 anos, eu sentia na carne o peso daqueles dramas. Eu, eu, com apenas 23 anos.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Uma aventura em Paris (1942)



A Segunda Guerra Mundial foi um período bastante fértil para o cinema. Depois de chutar o pau da barraca e resolver romper com a colaboração alemã (sim, os americanos colaboraram para difundir ideias fascistas com seus filmes, mais detalhes no texto sobre o filme Tempestades d’alma), os americanos decidiram que era hora de arregaçar as manguinhas e detonar os alemães da melhor forma possível: fazendo filmes.

Essa atitude foi motivada por questões financeiras, uma vez que os filmes americanos não podiam mais entrar na Alemanha. Isso gerou uma grande perda de dinheiro, pois o segundo maior mercado de exportação de filmes pertencia aos alemães. Os estúdios ficaram furiosos. Como consequência temos diversos filmes de guerra contra o nazismo, que passavam pela OWI (Office of War Information), órgão criado por Franklin D.Roosevelt. A pergunta chave desse escritório, que tinha uma subdivisão dedicada ao cinema, era: “Este filme irá ajudar a ganhar a guerra?”.

Talvez Uma aventura em Paris (Reunion in France) não tenha ajudado a ganhar a guerra, mas certamente mostrou-se eficaz ao retratar a vida na França ocupada pelos alemães.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

#Top 100 Looks do cinema - #2 - Rita Hayworth em "Gilda" (1946)


Entramos em 2015 arrombando as portas e prontos para derrubar todos os forninhos! 

Continuamos com a série dos 100 looks memoráveis do cinema, com nosso convidado Lucas Kovski comentando mais um modelo. E, uau, nunca houve uma mulher como Gilda. E nem um vestido como o dela.