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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Contagem regressiva para o Oscar: o ano de 1947

A época das premiações é a mais esperada do ano pelos cinéfilos. É hora de fazer as apostas e se reunir na casa dos amigos, juntamente com o balde de pipoca, para assistir à cerimônia do Oscar. Enquanto isso ainda não acontece, o Cine Espresso começa uma série relembrando o melhor e o pior de alguns anos da premiação do Oscar. Pegue a xícara de café e venha conosco!

O ano de 1947 foi um ano em que o Oscar mais parecia uma novela mexicana do que qualquer outra coisa. Teve chororô, barracos ao estilo Programa do Ratinho e gente esnobada de novo por Hollywood.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

#Top 100 Looks do cinema - #3 - Marlene Dietrich em "O Expresso de Shangai" (1932)


Vamos à mais um dos figurinos da série sobre os looks do cinema?

Por Lucas Kovski

Exotismo, barroquismo e tecnologia, aliada ao figurino, usados por Marlene Dietrich em O Expresso de Shangai.

Desenhado por, ninguém mais, ninguém menos, que um dos maiores figurinistas das décadas de 20/30/40, o chefe de design da Paramount, Travis Banton, um dos maiores sinônimos de moda no cinema. Seu estilo de cortes simples e fluídos, geralmente feitos especialmente para aderir ao corpo da atriz, e aliados sempre a algum tipo de detalhe que adicione glamour barroco ao look (penas, paetês e peles), é uma das marcas do glamour Hollywoodiano da década de 30. Segundo Banton "Nenhuma roupa é totalmente sem graça, só precisamos de uma dúzia de penas e algumas lantejoulas".

Tal marca alcançou seu status icônico no famoso conjunto usado por Marlene Dietrich em O Expresso de Shangai, de 1932.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Relíquia Macabra – O falcão maltês (1941)



No ABC do filme noir este filme é indispensável. Considerado o primeiro grande filme noir, Relíquia Macabra  é recheado de curiosidades e fatos improváveis. O romance entre Mary Astor e o diretor do filme, John Huston, e a pegadinha que John Huston aplicou em seu pai são alguns dos curiosos fatos que permeiam este clássico do noir. Mas acima de tudo, o filme deu as diretrizes para todos os detetives famosos que viriam a seguir. Sam Spade é o Sherlock Holmes do século XX e foi Bogart quem o imortalizou.

Recentemente tive a oportunidade de ler O falcão maltês, romance de Dashiel Hammett que inspirou o filme de John Huston. Eu já tinha assistido ao filme, há muito tempo atrás, e minha impressão não foi a melhor possível. Agora era uma questão de vida ou morte revê-lo depois de ter lido o livro. A surpresa não poderia ter sido mais positiva. O filme é tão fiel ao livro que chega a ser emocionante. Diálogos inteiros do livro foram colocados no filme, e se pensarmos que Howard Hawks disse a Huston que ele deveria “filmar o livro” isso faz todo o sentido. Porém, nossa intenção não é comparar livro e filme; e sim mostrar o que faz dele tão aclamado no mundo do noir.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

#Top 10 filmes de Jeanne Moreau



No dia 23 de janeiro uma das maiores atrizes que o cinema francês já conheceu  - e não estamos falando sobre Catherine Deneuve, pardon - estará completando 87 anos. Jeanne Moreau tem uma carreira que se confunde com a própria história do cinema. Com 146 filmes no currículo ela se envolveu em muitos projetos ousados, incluindo um filme rodado no Brasil, Joana Francesa
E como nem só de Jules e Jim vive o homem, muito menos a carreira de Jeanne Moreau, o Cine Espresso homenageia esta legendária atriz escolhendo seus 10 melhores filmes. Eles não estão agrupados do mais fraco ao mais forte, para nós é muito difícil escolher apenas 10, acreditamos que todos são maravilhosos. Vem!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Ciúme, sinal de amor (1949)


"I adore the man. I always have adored him. It was the most fortunate thing that ever happened to me, being teamed with Fred: he was everything a little starry-eyed girl from a small town ever dreamed of."
(Ginger Rogers)

"He gives her class and she gives him sex appeal."
(Katharine Hepburn)

Hollywood é a terra, entre outras coisas, da fofoca. É meio que impossível distinguir os boatos das verdades. Algumas dessas fofocas acabam por tornarem-se lendas. É o caso do relacionamento profissional e pessoal de Fred Astaire e Ginger Rogers.

É impossível falar do último filme que essa dupla fantástica fez, sem comentar sobre os aspectos pessoais que envolveram a parceria. Isso porque The Barkleys of Broadway, de 1949, dizem as más línguas, é de certa forma uma fábula daquilo que foi o relacionamento real entre Fred e Ginger.

domingo, 11 de janeiro de 2015

A outra (1988)



Existe duas coisas que eu deveria evitar e não consigo: os filmes existenciais e os livros de Marguerite Duras. Esses últimos me despertam uma tristeza tão grande que é muito difícil terminá-los. Quando estava lendo O amante, lembro de ter chegado a uma parte em que chorei feito um bebê. Era como se ela escrevesse para mim. Eu passava por uma época difícil e aquele livro era extremamente deprimente, um deprimente tão belo que era impossível largar. A vida é assim: um deprimente belo.

Mas o que Marguerite Duras tem a ver com A outra, filme de Woody Allen de 1988?

Tudo, tudo.

Hoje terminei Yann Andréa Steiner (nossa colaboradora de Cine Espresso, Patrícia, vai entender bem meus sentimentos), um romance sobre o romance da autora com o então jovem Yann, muitos anos mais jovem que ela. Ontem assisti a A outra, e livro e filme me despertaram uma melancolia/tristeza como eu não sentia há muito tempo. O vazio existencial nunca pareceu tão claro ao terminar o livro e o filme.

A outra é um soco bem dado no estômago. Trata-se de um Woody Allen sério, com diálogos cortantes, verdadeiros, tristes. Algo que eu já havia vivenciado com Blue Jasmine, mas numa dimensão muito piorada aqui. Isso porque durante a 1h20 de filme tive a sensação de que a personagem de Gena Rowlands era eu. Que aquele filme falava para mim. Não importava que a personagem tinha 50 anos, eu sentia na carne o peso daqueles dramas. Eu, eu, com apenas 23 anos.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Uma aventura em Paris (1942)



A Segunda Guerra Mundial foi um período bastante fértil para o cinema. Depois de chutar o pau da barraca e resolver romper com a colaboração alemã (sim, os americanos colaboraram para difundir ideias fascistas com seus filmes, mais detalhes no texto sobre o filme Tempestades d’alma), os americanos decidiram que era hora de arregaçar as manguinhas e detonar os alemães da melhor forma possível: fazendo filmes.

Essa atitude foi motivada por questões financeiras, uma vez que os filmes americanos não podiam mais entrar na Alemanha. Isso gerou uma grande perda de dinheiro, pois o segundo maior mercado de exportação de filmes pertencia aos alemães. Os estúdios ficaram furiosos. Como consequência temos diversos filmes de guerra contra o nazismo, que passavam pela OWI (Office of War Information), órgão criado por Franklin D.Roosevelt. A pergunta chave desse escritório, que tinha uma subdivisão dedicada ao cinema, era: “Este filme irá ajudar a ganhar a guerra?”.

Talvez Uma aventura em Paris (Reunion in France) não tenha ajudado a ganhar a guerra, mas certamente mostrou-se eficaz ao retratar a vida na França ocupada pelos alemães.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

#Top 100 Looks do cinema - #2 - Rita Hayworth em "Gilda" (1946)


Entramos em 2015 arrombando as portas e prontos para derrubar todos os forninhos! 

Continuamos com a série dos 100 looks memoráveis do cinema, com nosso convidado Lucas Kovski comentando mais um modelo. E, uau, nunca houve uma mulher como Gilda. E nem um vestido como o dela.