"All my life I stayed at parties too long because I didn’t know when to go."
Ser solteira é quase... uma profissão, digamos assim. Não uma profissão fácil, nem sempre feliz. Você pode ir em qualquer festa e existe aquele clima aparentemente forçado de "somos todos muito felizes, que ótimo, que barato", etc, etc. E no fundo, todo mundo espera alguma coisa acontecer, a qualquer hora, como se nossa vida fosse um filme, e o ponto alto, ou mesmo o plot twist ainda não tivesse chegado. No fim das contas, a maioria das pessoas - ou as pessoas muito viciadas em cinema, como essa que vos fala - espera esse tal de milagre, que muda tudo, e aí toca Ain't no Mountain High Enough quando você anda na rua, e fica tudo ótimo. Bem, muitas vezes esse plot twist demora, e talvez não venha nunca. Na verdade, isso parece coisa de gente que vive no mundo da lua. Mas bem lá no fundo, todo mundo espera o mesmo.
Essa busca por algo que é difícil de ser nomeado, é um dos motivos que levam Jane Hudson (Katharine Hepburn), uma secretária de Ohio, até Veneza. Na história de Quando o coração floresce (Summertime), ela embarca em uma jornada de autodescoberta e de aventura, e descobre que o tal do milagre não é tãããão impossível assim de acontecer.