"Agora tudo acabou. Exceto em minhas recordações. O cenário é Rockaway e a época é minha infância (...) perdoe-me se romantizo. A vizinhança onde cresci nem sempre era tão turbulenta e chuvosa, mas é assim que me lembro dela. Naquela época o rádio estava sempre ligado."
Nunca escondi por aqui o fato de ter Woody Allen como diretor favorito. Já contei antes em outros posts como Woody sempre parece ter a palavra certa no momento certo. Assim, pareceu certo usar meu aniversário, que aconteceu por esses dias, como desculpa para comprar o box com 20 filmes seus. Faz algum tempo que eu e o dito box de dvds nos observamos mutuamente na Saraiva, e agora, fico feliz em dizer, estamos em um relacionamento sério.
O negócio é que eu, como pregadora da Igreja Universal do Reino de Woody Allen fã do diretor, já assisti antes boa parte dos filmes que vieram na caixa. Masss, felizmente, ainda restaram alguns que, por algum motivo ou outro, eu ainda não tinha visto. E agora estou nessa aventura maravilhosa de ver o que falta. E escolhi começar com A era do rádio, de 1987.
Um dos filmes mais ternos de Woody Allen, me lembrou, entre outras coisas, de como o diretor consegue tirar o melhor dos atores com quem trabalha. Além disso, acredito que esse é o filme mais autobiográfico da sua carreira. Por fim, Woody consegue que o espectador acabe por sentir saudades de uma época que não viveu. Senhoras e senhores, Radio days!