Segundo longa dirigido por David Lynch, lançado 3 anos após sua estréia em Eraserhead (1977), foi o primeiro grande filme do diretor. Mel Brooks foi um dos produtores executivos do projeto e como havia gostado do trabalho de Lynch em Eraserhead, se tornou o responsável por sua contratação. Baseado na história do inglês Joseph Merrick, que viveu entre 1862 e 1890 e era portador de uma doença que provocou terríveis deformidades em 90% do seu corpo. A doença só viria a ser diagnosticada oficialmente em 1996 com o nome "Síndrome de Proteus", após exames no esqueleto de Merrick que tinha um caso grave de neurofibromatose múltipla.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Os 28 anos do episódio piloto de The Golden Girls
Há 28 anos atrás ia ao ar o piloto de uma das
séries mais amadas e célebres dos anos 80: The
Golden Girls. Talvez a sua mãe se lembre, ela foi transmitida no Brasil com
o nome de As supergatas. Como
tradutora depressiva – daquelas que adora analisar tudo que envolve o assunto –
confesso que a tradução não dá bem conta do título. Mas quem se importa? The Golden Girls ultrapassa qualquer
tradução, mal feita ou não. Aliás, na França, a série se chama Les craquantes, algo como “As
rabugentas”.
The Golden Girls conta a história de quatro mulheres
vivendo juntas em Miami, na Flórida. O plot
é aparentemente simples se não contasse com um único detalhe: as protagonistas
estavam na casa dos 50 anos. Tenho certeza que quando Susan Harris, a criadora
da série, apresentou o piloto à NBC [emissora que o exibiu], as reações não
foram lá muito receptivas. Ninguém sabia no que podia dar. Ou seria um sucesso
ou um fracasso. Em tempos de Dinastia,
de Joan Collins e seu rosto de cera, uma série com mulheres acima dos 50 e que
pareciam ter essa idade era arriscado. Se você olhasse para a grade da
televisão dessa época, perguntar-se-ia: o que essa série está fazendo aí? São
raros os momentos em que existe uma ruptura que proporciona a criação de algo
grandioso, que mudará para sempre a visão sobre algo. I love Lucy foi uma dessas quebras da televisão americana dos anos
50. Golden foi, para mim, a grande
quebra das regras da televisão americana dos anos 80.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
A vida de Brian (1979)
Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam and John Cleese. Seis nomes não muito conhecidos por aqui. Mas se eu utilizar o nome Monty Python, faz sentido pra você?
O Python, um grupo de humoristas britânicos, ficou conhecido pelo seu humor escrachado e, muitas vezes, ofensivo (mas isso só depende de como você interpreta as piadas deles, acredito). Em 1979, eles já haviam atingindo quase todos os limites da genialidade. Monty Python's Flying Circus, o programa de TV escrito e estrelado por eles, no formato de esquetes, havia sido um sucesso no Reino Unido, pela BBC 4. O primeiro filme deles, Em busca do cálice sagrado (1975), foi sucesso absoluto em praticamente todo o mundo, parodiando a fábula dos Cavaleiros da Távola Redonda.
No lançamento de Cálice Sagrado, os jornalistas queriam saber: sobre o quê seria o próximo filme dos Python. Eric Idle não exitou e respondeu: "Sobre Jesus Cristo!". Todos riram, pensando que fosse mais uma piada do grupo.
O que eles não sabiam é que, o que era inicialmente uma piada mesmo, acabou virando realidade, e o Monty Python resolveu fazer um filme baseado em histórias bíblicas e, principalmente, na história de Jesus Cristo, naquele que acabou por ser o melhor filme do grupo, e despertou a raiva de muitos britânicos na virada da década.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Confidências à meia-noite (1959)
Uma vez alguém disse em um filme do qual não
lembro o nome: “ah, mas ninguém mais quer ver essas comédias Doris Day-Rock
Hudson”. De fato, o tipo de filme que esses dois fizeram tornou-se um pouco
ridículo a medida que os anos 60 iam chegando e a revolução sexual ia tomando
forma. A inocente Doris já não representava mais a americana com a qual as
mulheres se identificavam. Mas isso não desmerece os filmes da dupla, pelo
contrário, eles são o retrato da época em que foram feitos. Talvez por isso me
fascinem tanto. E revoltem também. É preciso ter paciência com esses filmes e,
apesar dos absurdos, valorizar as coisas boas que eles tinham. Espera, esse
post está completamente do avesso. Do
começo então.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Pacto de Sangue (1944)
Considerado a quintessência do filme noir, Pacto de Sangue (Double Indemnity) é desses filmes que reúne todas
as características desse gênero. Femme
fatale? Tem. Anti-heroi? Tem. Fatalismo da vida? Também tem. Tudo isso
conduzido por um roteiro inspirado em um dos maiores escritores noir: James M.
Cain.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Em Roma na Primavera (1961)
Ninguém melhor que Vivien Leigh para dar vida às personagens do Tennessee Williams. Em "Uma Rua Chamada Pecado" ela domina as cenas de tal forma que parece estar confortável na pele de Blanche Dubois. Vivien como ninguém soube projetar a experiência nos palcos para as telas de cinema. Por mais de três décadas conciliou seu trabalho em Hollywood, com o teatro. Fez inúmeras peças na Inglaterra, algumas dirigidas pelo marido Laurence Olivier, com quem esteve casada por 20 anos. Talvez por isso, não atuou em tantos filmes quanto outras atrizes veteranas. Mas teve momentos ímpares: imortalizou Scarlet O'Hara em "E O Vento Levou", deu uma performance memorável ao lado de Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado", e quem não se emocionou com "A Ponte de Waterloo"?
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Adivinhe quem vem para jantar (1967)
A questão do preconceito racial já foi tema de muitos filmes, de diversas formas, e atualmente talvez não seja grande novidade falar disso no cinema. Mas, em 1967, Stanley Kramer dirigiu Guess who's coming to dinner, um filme que falava não só do preconceito recíproco entre "brancos" e "negros", mas também falava sobre temas como intolerância, relação entre pais e filhos, casamento inter-racial e hipocrisia. Constantemente considerado como datado, o filme conta com ótimos diálogos e tem a fantástica dupla Katharine Hepburn e Spencer Tracy (em sua última atuação), além de Sidney Poitier (em ótima atuação) e Katharine Houghton, sobrinha de Hepburn.
Mostrando a tensa relação entre as famílias Drayton e Prentice, Stanley Kramer nos faz refletir sobre o que somos e o que achamos que somos.
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