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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Onze homens e um segredo (1960)


Gastei alguns bons minutos hoje para lembrar algum filme que tivesse a temática do ano novo envolvido, e nada muito claro surgia; eu simplesmente não conseguia. Até acreditava não ter visto nenhum que fosse relacionado ao tema - quando tentamos fazer coisas desse tipo, aí sim que as ideias não vêm. Logo, lembrei de um dos meus filmes favoritos: Onze homens e um segredo (Ocean's Eleven), de 1960, que trazia no elenco nada mais, nada menos do que o famoso Rat Pack. 

Rat Pack - que diabos é isso? Onze homens e um segredo sem Brad Pitt - isso existe? E o que isso tudo tem a ver com o ano novo? Desvendaremos esses mistérios nesse post.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Kate & Spence: "um sentimento ímpar"

"Amor não tem nada a ver com o que você espera obter, mas apenas com aquilo que você espera dar, o que vem a ser tudo. (...) Eu amei Spencer Tracy. Ele, os interesses dele e as exigências dele estavam em primeiro lugar. Isso não foi fácil, porque definitivamente eu era do tipo 'eu-eu-eu'. Foi um sentimento ímpar o que tive por S. T."
Esse ano tive, finalmente, a oportunidade de ler a autobiografia de uma das minhas atrizes favoritas de todos os tempos, Katharine Hepburn. Sempre a admirei por sua atuação e tinha uma vaga noção de sua personalidade de leituras que fiz aqui, ali e em todo lugar. No entanto, "Eu: histórias de minha vida" me surpreendeu por não ser uma biografia convencional. Bom, não deveria ser surpresa: a autora da biografia não poderia ser menos convencional. Kate traz histórias maravilhosas de uma vida brilhante, com seus altos e baixos, mas o que mais me marcou ao final da leitura foi, sem dúvidas, o amor desmedido que ela sentia por Spencer Tracy, e que rendeu uma das histórias mais marcantes de Hollywood. Amor desinteressado, amor incondicional; eis a lição que Hepburn me ensinou.

Every frenchman has one ou "as aventuras de Olivia de Havilland em Paris"



Como assim Olivia de Havilland escreveu um livro? Essa foi minha reação ao tomar conhecimento de Every Frenchman has one. É tão difícil achar livros escritos por nossos ídolos da Old Hollywood que a descoberta dessa pérola fez com que eu sentisse borboletas no estômago.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A felicidade não se compra (1946)

"Strange, isn't it? Each man's life touches so many other lives. When he isn't around he leaves an awful hole, doesn't he?"
A Segunda Guerra Mundial rendeu muitos lucros para Hollywood, como não poderia deixar de ser, já que o cinema serviu na época como propaganda de guerra, e os filmes eram exportados para os países aliados, pois, devido ao esforço de guerra, os orçamentos de filmagens nesses lugares eram limitados. Além disso, muitos artistas viram sua vida mudar com a guerra, como o caso de Clark Gable, que perdeu a esposa durante o conflito, a atriz Carole Lombard, que estava em um avião abatido por engano pelos alemães. Abalado, ele se juntou aos soldados e combateu durante um longo período. Vários outros artistas estiveram envolvidos de uma forma ou de outra, e um deles foi James Stewart, que se alistou logo no início da guerra. A violência do conflito deixou sua marca no ator, que, após o término da guerra, voltou para os Estados Unidos desiludido e decidido a abandonar o cinema de vez. 

No entanto o seu amigo, o diretor Frank Capra, estava planejando aquele que seria seu último filme na RKO, e só conseguia ver Jimmy no papel do protagonista. Em consideração ao amigo, ele acabou aceitando, e assim nasceria um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos: A felicidade não sem compra (It's a wonderful life). Um verdadeiro conto de Natal, repleto de cenas memoráveis e que se tornaria referência, o filme mostra como uma pessoa pode fazer a diferença na vida de outras e na importância de se ter amigos verdadeiros.

Férias de Natal (1944)


Um filme de Natal que não se parece com outros filmes natalinos. Na verdade, Férias de Natal (1944)  é um noir inusitado dirigido pelo experiente Robert Siodmak, que durante toda a década de 40, lançou filmes incríveis e envoltos de mistério. Em plena tempestade, na noite de Natal, tentaremos desvendar os fatos que antecedem o crime. Estrelando Deanna Durbin e Gene Kelly, em uma performance arrebatadora longe dos musicais!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Natal Branco (1954)



Então é natal e o que você fez? Que tal “então é natal e que filme iremos assistir?” White Christmas (Natal Branco) faz parte dos filmes que são tradicionalmente vistos na noite de natal nos Estados Unidos. A felicidade não se compra de Frank Capra também faz parte desse grupo. Também não é para menos, pois White Christmas tem tudo que um bom filme do gênero pede: músicas, atores e cenários incríveis.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Blue Jasmine (2013)


Depois de uma fase europeia - com filmes rodados em Londres, Barcelona, Paris e Roma - Woody Allen está de volta às origens. Filmado em San Francisco, Blue Jasmine é, com toda certeza, um dos melhores filmes dos últimos tempos, e, mais ainda, um dos melhores de Woody. Uma das marcas do diretor são, sem dúvida, personagens femininas marcantes, e Jasmine é uma delas - os homens dos filmes de Allen são geralmente uma variação da personalidade do próprio diretor.

Woody jamais escondeu sua paixão por alguns personagens do cinema - Rick Blaine, de Casablanca é um deles, sendo mostrado sempre como um ídolo e um modelo em seus filmes. Outra que vi várias vezes ser mencionada não só nos filmes de Allen, como também em seus contos, foi a icônica Blanche DuBois, vivida por Vivien Leigh em Uma rua chamada pecado (1951). A personagem, conhecida pelo desejo de escapar da realidade através da farsa apareceu, por exemplo, sendo imitada por Woody em O dorminhoco (1973). Mas, em Blue Jasmine temos uma livre e moderna adaptação da peça de Tennessee Williams. E se Vivien Leigh ganhou merecidamente o Oscar por viver Blanche, o mesmo podemos esperar de Cate Blanchett com Jasmine. Então, amigos, puxem suas cadeiras e esperem, pois acho que temos a vencedora do ano que vem.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A Estranha Passageira (1942)


Quando Bette Davis ainda era a "galinha dos ovos de ouro" da Warner e havia arrecadado milhões para o estúdio, começou a luta pela escolha dos projetos e papéis que seriam interessantes para ela. Na época já tinha feito uma sucessão de vilãs e manchetes como "Ninguém é tão boa quanto Bette Davis quando ela é má" começavam a pipocar. Então, quando a Warner comprou os direitos de "Now, Voyager" em 1942, Bette foi ao escritório e disse "Eu escutei que vocês compraram Now Voyager para Irene Dunne, de jeito nenhum, eu preciso de um personagem simpático!". Após "Nascida Para o Mal" e "Pérfida", Bette se tornou a heroína do filme de Irving Rapper.

Momento Hedda Hopper: a relação conturbada entre Joan Fontaine e Olivia de Havilland





Olhando a foto acima, nem imaginamos que por trás dos olhares dessas duas atrizes se escondia uma das rivalidades familiares mais famosas de Hollywood. É certo que tanto Olivia como Joan fizeram papeis marcantes no cinema, mas a treta entre as duas irmãs é tão lendária quanto seus  filmes.

sábado, 14 de dezembro de 2013

O galante Mr. Deeds (1936)


Frank Capra foi, definitivamente um dos melhores diretores que o cinema já teve. Pena que não tem hoje o devido reconhecimento como tantos outros da mesma época. Em grande parte dos seus filmes, Capra expôs a sua visão do americano idealizado de bom coração, antimaterialista e a ideia de que quem tem amigos na vida, tem tudo. Em O galante Mr. Deeds, que deu à Capra seu segundo Oscar, ele apresentou a história de um de seus personagens idealizados (e um dos mais queridos também), que conquistam de imediato o espectador. Mostrando ainda o contraste entre a cidade pequena, com seus valores tradicionais e relações próximas, contra a frieza, o egoísmo e a falsa sofisticação da cidade grande, com suas luzes enganadoras, Mr. Deeds é um filme doce, capaz de arrancar suspiros saudosistas de quem o assiste e mesmo trazer à tona aquele eterno questionamento de quem assiste filmes antigos demais: por que não se fazem mais filmes assim? 

É o efeito Frank Capra.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Recomeçar (2003)



Sempre digo que os filmes me escolhem; não eu a eles. No dia em que tomei conhecimento de Recomeçar, eu estava lendo um pouco mais sobre Anne Reid, a protagonista de Last tango in Halifax. Ela tinha feito esse filme em 2003 e tinha ganhado muitos prêmios com ele. Mas o curioso era que ninguém falava sobre os prêmios ou sobre sua atuação; apenas sobre as cenas “polêmicas” de sexo que havia entre ela e Daniel Craig no filme. Se há algo que eu deveria evitar nessa vida é ler comentários alheios. No entanto, nunca aprendo. De repente, estou embarcando em uma overdose de comentários preconceituosos, que me dão vontade de vomitar e fazem com que eu me pergunte se essas pessoas vivem no mesmo mundo que eu. Voilà, foi o que aconteceu com Recomeçar. Comecei a ler as opiniões sobre o filme e nunca me deparei com tanto preconceito na minha vida. Basicamente as pessoas criticavam o filme por ter mostrado cenas de sexo entre uma mulher mais velha e um homem mais novo tão explicitamente. Como se as pessoas sexagenárias que fazem sexo fossem sujas ou não dignas de respeito. Aquilo atiçou ainda mais minha curiosidade de ver o filme. Eu achava que tinha um dever moral de vê-lo e relatá-lo para as pessoas que me leem aqui.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Como não perder essa mulher (2013)


Vivemos hoje na era do supérfluo, das coisas artificiais, objetivas e cada vez mais dinâmicas, e isso, obviamente, não poderia deixar de se refletir na forma como lidamos com os relacionamentos amorosos. O caso dos aplicativos que permitem ao usuário avaliar o desempenho e a aparência dos seus parceiros e que gerou polêmica recentemente, está aí para provar isso. Nesse contexto, Don Jon, a estreia de Joseph Gordon-Levitt na direção, mostra como essa artificialidade aliada às expectativas criadas (muitas vezes sob a influência da mídia) acaba prejudicando a visão que se tem do parceiro ideal e dos relacionamentos em geral.

O Expresso da Meia-Noite (1978)


Baseado na história real de Billy Hayes detido na Turquia quando tentava ultrapassar a fronteira com uma quantidade desconhecida de drogas. O jovem americano descobre da pior forma que a constituição dos EUA não está em seu passaporte quando comete um erro no exterior. O estúdio apostou em um ator novato, um roteirista novato e o diretor estreante Alan Parker (Mississipi Burning, Evita, A Vida de David Gale), que só tinha realizado um filme independente, até então.

Em 16 de maio de 1978, O Expresso da Meia-Noite participou do Festival de Cannes sob protestos turcos. Na Holanda, representantes da Turquia foram aos tribunais para banir Midnight Express, mas o juiz determinou que o filme seria exibido. Quarenta e um dias depois de o filme ser exibido em Cannes, os Estados Unidos e a Turquia iniciaram as negociações formais para a troca de prisioneiros.

sábado, 7 de dezembro de 2013

A morte lhe cai bem (1992)



Durante toda minha vida, uma imagem sempre me acompanhou: a de uma mulher sendo atirada do pé de uma escada, caindo e quebrando o pescoço. Eu tentava lembrar de que filme era e nunca conseguia. Até o dia em que, não sei como, descobri que a mulher caindo era Meryl Streep e que esse era o ponto de virada de A morte lhe cai bem. Esse filme, acho eu, é um clássico da minha geração. É muito difícil encontrar alguém que não lembre pelo menos dessa cena da escada. No entanto, às vezes parece que A morte lhe cai é só um filme de comédia. Só que não. Depois de olhar 500 vezes (falando sério, acho que já assisti mais de 20 vezes esse filme, se contarmos que durante uma época eu o assistia todas as noites antes de dormir), você começa a perceber o quão refinado ele é em termos de conteúdo.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Os amores secretos de Eva (1955)



Dizem as más línguas que Joan Crawford interpretou a si mesma nesse filme. A egoísta, manipuladora, charmosa, inescrupulosa Eva Phillips seria uma extensão do caráter da atriz. Verdade ou não, Queen Bee (Os amores secretos de Eva no Brasil) é um filme muito interessante, merecedor de uma boa review neste blog principalmente pela pegada Tennessee Williams que apresenta.

Queen Bee é um tapa de luva naqueles que acreditavam que uma atriz chegando aos 40 não poderia interpretar o papel de uma maneater (Nelly Furtado feelings) no cinema. Hollywood dos anos 50, sabe como é, medo da televisão tomar conta,– o que realmente aconteceu mais tarde -  por isso quanto mais juventude na tela melhor. Mas se seu nome é Joan Crawford, não importa o quão as pessoas digam que você é veneno de bilheteria, elas continuam indo ao cinema ver seus filmes. Elas continuam achando que você é diva. Queen Bee é a prova maior de que Joan Crawford era uma diva sem idade.


Drácula (1931)


Quando Carl Laemmle fundou a Universal Pictures em 1915,  um dos projetos que logo considerou para a produção, como filme mudo, foi o clássico filme de terror, Drácula de Bram Stoker. Dezesseis anos depois, a Universal finalmente produziu o primeiro filme de terror sobrenatural falado.

"Ninguém entendia ao certo na época, coisas como mansões quebradas, em ruínas com enormes teias de aranha. Havia tatus correndo e morcegos voando. Na verdade, Browning e a Universal são responsáveis por quase toda a iconografia que associamos a filmes de terror. Capas longas, escadarias, mofo e podridão, aranhas e morcegos. Tudo que agora é da matinê de sábado, coisas para crianças, veio de Drácula." - Bob Madison (Film Historian)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Porco Espinho (2009)


O Porco Espinho (Le Hérisson) de 2009 foi uma das melhores surpresas com o cinema francês que tive esse ano. Um filme extremamente sensível e também uma reflexão sobre a infância, o desgaste da rotina, sobre as pessoas se acomodarem em seus esconderijos, se apaixonar, encarar o sentido da vida e a morte como uma possibilidade. É todo ambientado em um prédio, especialmente na rotina de Paloma, Renée e Kakuro Ozu.

Paloma (Garance Le Guillermic) é uma garota introvertida, que tem a idéia fixa de suicidar-se quando completar 12 anos, no fim do período escolar. Apesar de inteligente, tem dificuldade em adaptar-se aos colegas e a rotina de casa, tende a enxergar a vida como uma série de eventos programados, que não fazem muito sentido. Ela leu que não importa as circunstâncias ou hora da morte, mas o que se está fazendo naquele exato momento. Por isso, planeja algo grandioso, gravar um filme sobre os últimos dias de sua vida.

sábado, 30 de novembro de 2013

Que papai não saiba (1938)


O período clássico do cinema hollywoodiano guarda muitas pérolas hoje pouco conhecidas, sobretudo no gênero comédia romântica. Em conversas e vasculhando o Filmow muitas vezes descubro essas preciosidades, e invariavelmente escapa a seguinte exclamação: "NÃO ACREDITO QUE ESSES DOIS FIZERAM UM FILME JUNTOS!!!". Esse foi o caso de Vivacious lady (Que papai não saiba), que traz dois dos mais amados ídolos da época juntos: Ginger Rogers - muito mais do que só a parceira de Fred Astaire, como é lembrada hoje - e James Stewart - o eterno cara legal, com seus olhos de cachorrinho que caiu da mudança. Lançado na época em que o Código Hays proibia praticamente de tudo nas telas do cinema, esse filme traz como um de seus temas o ardor de um jovem casal que não consegue consumar o casamento. Dirigido por George Stevens, Vivacious lady conseguiu dar um baile na censura dizendo com olhares e gestos o que não poderia ser colocado em palavras.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A elegante Polly Maggoo (1965)

A moda está por tudo! Até a guerra é moda!




A elegante Polly Maggoo (Qui êtes-vous, Polly Maggoo?) é um desses filmes que, se não agradar pelo enredo, certamente nos agrada pelas imagens. Se você é um amante dos anos 60, das mulheres com suas perucas e cílios postiços, é melhor já ir procurando pelo Torrent desse filme, ele com certeza vai te deixar com vontade de entrar em uma máquina do tempo e ir parar nos anos 60!

Realizado por William Klein, um ex-fotógrafo da Vogue, o filme tenta responder a pergunta de seu título original: quem é Polly Maggoo, afinal? Por que todos são fascinados por ela? Polly (Dorothy MacGowan) é entrevistada por um programa, o “Quem é você, insira-o-nome-do-fulaninho-aqui?”, que segue a moça durante o filme, tentando nos revelar o que está por trás da maquiagem pesada de Polly. Uma máscara? E mais outra máscara? Mas eu arriscaria dizer que Polly é um elemento secundário para falar do elemento central desse filme: a moda.  Quem é você, moda? Essa é a pergunta que, para mim, Klein tenta responder.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Momento Hedda Hopper: Lucille Ball e Desi Arnaz


Recentemente tive um surto em um site de compras online e comprei cinco livros de uma vez. Um desses livros era Love, Lucy, a autobiografia de Lucille Ball. Gostaria de estar lendo o livro na época em que escrevi meu post sobre sua série, porém não podemos prever o andar da carruagem. O fato é que terminei o livro hoje e achei digno fazer outro post sobre ela, agora claramente direcionado para o lado Hedda Hopper, ou seja, o lado Sônia Abrão da história.

Sobre Lucille Ball, Hedda Hopper dizia que ela era uma das garotas mais fortes em Hollywood, tendo em vista que demorou muito tempo para tornar-se uma estrela de verdade. Aliás, Hedda a adorava. O fato é que Lucille comeu o pão que o diabo amassou, digamos assim, antes de se tornar Lucy Ricardo. Em seu livro, ela nos conta sobre o dia em que jogou café de propósito pelo camarim em que Katharine Hepburn estava, pois o cabelereiro não fez questão de devolver seu lápis para a sobrancelha. Lucy havia sido expulsa de seu camarim com a chegada da nova estrela. Mais tarde, Kate teria dito a ela: “Não tem problema, Lucille [sobre o incidente com o café], mas você precisa controlar seu temperamento. Quando você for uma estrela, poderá ser temperamental”. Lucille fez escola com a mãe de Ginger Rogers, que era uma espécie de mãe-coruja na época da RKO. Ela adotou Lucille e lhe ensinou basicamente tudo que ela precisava saber para ser uma estrela. Anos mais tarde, a própria Lucille teria sua própria “escola” de atores, apadrinhando centenas de jovens ansiosos pelo sucesso.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Um Barco e Nove Destinos (1944)


Lifeboat de 1944, teve seu roteiro baseado na obra de John Steinback, adaptado por Alfred Hitchcock e certamente merecia ser mais lembrado! Com apenas um cenário e espaço físico limitado, acompanhamos a luta pela sobrevivência entre nove pessoas que perderam aquilo que mais amam, a trama explora o que é o ser humano quando fica despojado de tudo. Um dos poucos filmes com Tallulah Bankhead que assisti, e ela está maravilhosa! O clima de tensão manterá o expectador vidrado durante seus rápidos 97 minutos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cenas de um Casamento (1973)


Na tarde de uma segunda-feira chuvosa tive a notícia de uma folga inesperada, então finalmente assisti "Cenas de um Casamento". Como estava com o tempo livre, não me importei com as CINCO FUCKIN HORAS de duração do longa-metragem. Talvez a única preocupação, foi o quanto exaustivo emocionalmente poderia ser. Para o bem ou para o mal, acho que Bergman teve êxito em "resumir" o universo de uma relação a dois.

Cenas de um Casamento é 6º entre 10 filmes estrelados por Liv Ullman e dirigido por Ingmar Bergman. Separado em seis episódios: "Inocência e Pânico", "A Arte de Empurrar as Coisas para Debaixo do Tapete", "Paula", "O Vale das Lágrimas", "Os Analfabetos" e "No Meio da Noite, Numa Casa Escura em Algum Lugar do Mundo".

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cinco filmes de Grace Kelly que você deveria ver


Se estivesse ainda entre nós Grace Patricia Kelly, a Princesa Grace de Mônaco, estaria hoje completando 84 anos. Musa de Hitchcock, Grace abandonou o cinema precocemente para casar-se com Rainier III, que proibiu a esposa de atuar, tendo inclusive banido seus filmes de Mônaco. Ainda assim, Grace deixou para a história do cinema uma pequena, mas respeitável filmografia. Como forma de lembrar a data e homenagear a eterna "princesa de gelo", como apelidou-a Hitchcock, vale relembrar cinco filmes da musa que merecem ser vistos e revistos.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

I love Lucy (1951-1957)





Lucille Ball, ao lado de Betty White, deve ser a comediante de televisão mais famosa dos Estados Unidos. Não é a toa, I love Lucy foi o primeiro sitcom ever da televisão, definindo todo esse gênero de programa. Mesmo após seu fim, em 1956, Lucy e seus cabelos ruivos continuaram famosos, e a moça trabalhou até o ano de sua morte, em 1989.

A ruiva de Rhode Island tem méritos não por apenas ter criado o primeiro sitcom com seu marido, Desi Arnaz, mas por ser a primeira mulher do ramo. E vocês sabem como nos queridos anos 50, a coisa não era fácil se você resolvia não ser dona de casa. Ser atriz nessa época era um calvário, uma vez que a profissão era relacionada à mulheres indecentes. Somente por essa razão, Ball é uma heroína para mim. Vocês imaginem o que era fazer parte da produção de um programa/sociedade/mundo dominado pelos homens. É difícil imaginar, mas Lucille com seu temperamento classificado por muitos como difícil conseguiu se firmar nesse métier, o que acho que deixou muitos com medo.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sintonia de amor (1993)


Você não quer se apaixonar! Você quer se apaixonar em um filme!

Nora Ephron, tanto como diretora e roterista, soube como ninguém relatar os problemas da mulher moderna e independente, que apesar de tudo ainda guarda sonhos românticos. Com Harry e Sally, de 1989, com a famosa parceria com Rob Reiner, explorou todos os aspectos dos relacionamentos  possíveis entre homens e mulheres. Em Sintonia de amor, porém, ela deixou que uma homenagem aos tradicionais filmes "de mulherzinha" tomasse conta da história, transformando o filme em uma das mais célebres e adoráveis comédias românticas dos anos 90.

sábado, 19 de outubro de 2013

Sortilégio de amor (1958)



O dia das bruxas está chegando, e com isso pipocam por aí dicas de filmes para assistir relacionados ao tema. Sendo assim, decidi eu mesma compartilhar uma dica, uma dica preciosa que tornou-se uma agradável surpresa para mim, que tenho grande afeto pelos protagonistas desse filme.

Devo alertar, é claro, que embora o casal principal venha de um filme de Hitchcock, a história está mais para Bewitched do que para A bruxa de Blair, portanto se você não gosta de histórias de bruxinhas adoráveis, caia fora! Mas, outro alerta (e um convite): James Stewart e Kim Novak podem (e vão), com o perdão da expressão breguinha, enfeitiçar você. Basta você deixar, relaxar e sentar para assistir Bell, Book and Candle, uma pérola cinematográfica (no bom sentido) de 1958.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Crepúsculo dos deuses (1951)



Eu sou grande, os filmes é que ficaram pequenos.

Começo esse post de maneira pouco convencional, falando sobre alguém que não tem nada a ver com Crepúsculo dos deuses: Joan Crawford. Quer dizer, ela não tem nada a ver diretamente. Indiretamente Joan tem, sim, muito a ver com esse filme, pois ele representa um momento que ela e outras atrizes estavam vivendo, ou seja, o ostracismo. Ontem estava revendo uma de suas entrevistas para a BBC, em 1965 se não me falha a memória. Em certo momento, ela começa a falar que sente falta de sua época inocente, os doces anos 30. Que tudo estava escancarado naqueles “dias de hoje” (imagina agora então) e que os artistas de sua época tinham um mistério, que ninguém sabia nada sobre a vida pessoal deles e que esse mistério era a graça de tudo. Crawford odiaria Twitter, Instagram e Facebook, mas isso não vem ao caso. O fato é que Crepúsculo dos deuses contém essa amargura, essa nostalgia desse tempo que está suavizado na fala de Crawford. É a visão realista que por vezes nos choca e entristece neste clássico do diretor Billy Wilder.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Além da imaginação (1959-1964)


Quando o canal Universal ainda se chamava USA, os sábados à noite eram dias sagrados para mim. Eu era criança, talvez tivesse uns seis ou sete anos, mas a imagem de uma garotinha loira e sua madrinha deitadas no sofá cor de vinho de um antigo apartamento assistindo Além da imaginação permanece como uma das melhores lembranças da minha infância. Consigo lembrar o medo que sentia quando a famosa música de abertura começava e aquelas sequências de imagens, quase inspiradas no sonho de James Stuart em Um corpo que cai, invadiam a tela. Os anos se passaram, mas Além da imaginação permanece cultuado por fãs de todas as idades e é considerado um dos precursores dos programas/seriados do gênero ficção científica, suspense e terror.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quanto mais quente melhor (1959)


- Esse sexo é completamente diferente!
- Vamos, ninguém está querendo que você tenha um bebê.
Ninguém é perfeito, é claro, mas na mais famosa comédia de Billy Wilder, todos os envolvidos estiveram bem perto de ser.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Um Clarão nas Trevas (1967)


O plot é até simples, sobre uma jovem cega interpretada por Audrey Hepburn, o marido, uma vizinha curiosa e uma boneca recheada de heroína. Rodado quase que inteiramente dentro de um apartamento durante mais um dia cotidiano, conta com um roteiro tão ardiloso que você não vai deixar de assistí-lo sem saber o final!

Outra dica para os viciados em suspense, Wait Until Dark (Um Clarão nas Trevas, no Brasil) foi um sucesso de público e crítica no ano do seu lançamento, faturando $7,350,000 apenas na América do Norte. Mesmo assim, acho que não sobreviveu tanto ao teste do tempo e deveria ser mais lembrado. Como aconteceu com Marilyn Monroe, Hepburn se destacava nas comédias e romances, até que filmes como o inesquecível "Infâmia" e "Um Clarão nas Trevas" nos permitiram apreciar outra face de sua performance. O filme rendeu a Audrey uma indicação ao Oscar em 1967.

sábado, 5 de outubro de 2013

A Casa da Noite Eterna (1973)


Inspirado no romance "Hell House" de Richard Matheson, que também escreveu a adaptação para o cinema, The Legend of Hell House (A Casa da Noite Eterna, no Brasil) se tornou um dos filmes definitivos sobre casas assombradas. Diria que é o filme de "hell house" que chegou mais perto de me assustar! No início já me chamou atenção quando a introdução adverte: "Embora a história desse filme seja fictícia, os eventos apresentados e relacionados com fenômenos psíquicos entram somente no campo do possível, se bem que poderiam ser verdade."

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Perdidos na Noite (1969)


Era uma vez uns jovens com um milhão de ideias na cabeça, cansados daquela gente elegante, bonita e sincera, os grandes magnatas dos estúdios de Hollywood. O advento da televisão foi o primeiro sinal de que os olhos do mundo não estavam mais voltados para o cinema, como diria Norma Desmond. Os estúdios passaram a investir no technicolor, cinemascope, entre outros para trazer as pessoas de volta às salas de cinema. Não deu muito certo. Para que ir ao cinema se posso ficar em casa assistindo I love Lucy? Os anos 60 chegaram e parecia que as comédias protagonizadas por Doris Day e Rock Hudson datavam da época das cavernas. O mundo pedia por mudanças e o cinema não tardou a reivindicar mudanças. Chega desses filmes comerciais e dessas estrelas que não nos representam.

Onde começa o inferno (1959)


John Wayne é sinônimo de bom western. Com Dean Martin, Walter Brennan, Angie Dickinson e Ricky Nelson no mesmo filme então, não podia mesmo dar errado. E Howard Hawks dirigindo, preciso dizer mais?

Feito como uma resposta ao filme Matar ou morrer, de 1955, que, diga-se de passagem, irritou John Wayne, Onde começa o inferno mostra que xerife bom é aquele que não tem medo de sacrificar-se pelo bem de sua cidade.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Homem Elefante (1980)


Segundo longa dirigido por David Lynch, lançado 3 anos após sua estréia em Eraserhead (1977), foi o primeiro grande filme do diretor. Mel Brooks foi um dos produtores executivos do projeto e como havia gostado do trabalho de Lynch em Eraserhead, se tornou o responsável por sua contratação. Baseado na história do inglês Joseph Merrick, que viveu entre 1862 e 1890 e era portador de uma doença que provocou terríveis deformidades em 90% do seu corpo. A doença só viria a ser diagnosticada oficialmente em 1996 com o nome "Síndrome de Proteus", após exames no esqueleto de Merrick que tinha um caso grave de neurofibromatose múltipla.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os 28 anos do episódio piloto de The Golden Girls


Há 28 anos atrás ia ao ar o piloto de uma das séries mais amadas e célebres dos anos 80: The Golden Girls. Talvez a sua mãe se lembre, ela foi transmitida no Brasil com o nome de As supergatas. Como tradutora depressiva – daquelas que adora analisar tudo que envolve o assunto – confesso que a tradução não dá bem conta do título. Mas quem se importa? The Golden Girls ultrapassa qualquer tradução, mal feita ou não. Aliás, na França, a série se chama Les craquantes, algo como “As rabugentas”.

The Golden Girls conta a história de quatro mulheres vivendo juntas em Miami, na Flórida. O plot é aparentemente simples se não contasse com um único detalhe: as protagonistas estavam na casa dos 50 anos. Tenho certeza que quando Susan Harris, a criadora da série, apresentou o piloto à NBC [emissora que o exibiu], as reações não foram lá muito receptivas. Ninguém sabia no que podia dar. Ou seria um sucesso ou um fracasso. Em tempos de Dinastia, de Joan Collins e seu rosto de cera, uma série com mulheres acima dos 50 e que pareciam ter essa idade era arriscado. Se você olhasse para a grade da televisão dessa época, perguntar-se-ia: o que essa série está fazendo aí? São raros os momentos em que existe uma ruptura que proporciona a criação de algo grandioso, que mudará para sempre a visão sobre algo. I love Lucy foi uma dessas quebras da televisão americana dos anos 50. Golden foi, para mim, a grande quebra das regras da televisão americana dos anos 80.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A vida de Brian (1979)


Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones, Graham Chapman, Terry Gilliam and John Cleese. Seis nomes não muito conhecidos por aqui. Mas se eu utilizar o nome Monty Python, faz sentido pra você?

O Python, um grupo de humoristas britânicos, ficou conhecido pelo seu humor escrachado e, muitas vezes, ofensivo (mas isso só depende de como você interpreta as piadas deles, acredito). Em 1979, eles já haviam atingindo quase todos os limites da genialidade. Monty Python's Flying Circus, o programa de TV escrito e estrelado por eles, no formato de esquetes, havia sido um sucesso no Reino Unido, pela BBC 4. O primeiro filme deles, Em busca do cálice sagrado (1975), foi sucesso absoluto em praticamente todo o mundo, parodiando a fábula dos Cavaleiros da Távola Redonda.

No lançamento de Cálice Sagrado, os jornalistas queriam saber: sobre o quê seria o próximo filme dos Python. Eric Idle não exitou e respondeu: "Sobre Jesus Cristo!". Todos riram, pensando que fosse mais uma piada do grupo.

O que eles não sabiam é que, o que era inicialmente uma piada mesmo, acabou virando realidade, e o Monty Python resolveu fazer um filme baseado em histórias bíblicas e, principalmente, na história de Jesus Cristo, naquele que acabou por ser o melhor filme do grupo, e despertou a raiva de muitos britânicos na virada da década.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Confidências à meia-noite (1959)



Uma vez alguém disse em um filme do qual não lembro o nome: “ah, mas ninguém mais quer ver essas comédias Doris Day-Rock Hudson”. De fato, o tipo de filme que esses dois fizeram tornou-se um pouco ridículo a medida que os anos 60 iam chegando e a revolução sexual ia tomando forma. A inocente Doris já não representava mais a americana com a qual as mulheres se identificavam. Mas isso não desmerece os filmes da dupla, pelo contrário, eles são o retrato da época em que foram feitos. Talvez por isso me fascinem tanto. E revoltem também. É preciso ter paciência com esses filmes e, apesar dos absurdos, valorizar as coisas boas que eles tinham. Espera, esse post está completamente do avesso. Do começo então.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pacto de Sangue (1944)




Considerado a quintessência do filme noir, Pacto de Sangue (Double Indemnity) é desses filmes que reúne todas as características desse gênero. Femme fatale? Tem. Anti-heroi? Tem. Fatalismo da vida? Também tem. Tudo isso conduzido por um roteiro inspirado em um dos maiores escritores noir: James M. Cain.


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Em Roma na Primavera (1961)


Ninguém melhor que Vivien Leigh para dar vida às personagens do Tennessee Williams. Em "Uma Rua Chamada Pecado" ela domina as cenas de tal forma que parece estar confortável na pele de Blanche Dubois. Vivien como ninguém soube projetar a experiência nos palcos para as telas de cinema. Por mais de três décadas conciliou seu trabalho em Hollywood, com o teatro. Fez inúmeras peças na Inglaterra, algumas dirigidas pelo marido Laurence Olivier, com quem esteve casada por 20 anos. Talvez por isso, não atuou em tantos filmes quanto outras atrizes veteranas. Mas teve momentos ímpares: imortalizou Scarlet O'Hara em "E O Vento Levou", deu uma performance memorável ao lado de Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado", e quem não se emocionou com "A Ponte de Waterloo"?

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Adivinhe quem vem para jantar (1967)


A questão do preconceito racial já foi tema de muitos filmes, de diversas formas, e atualmente talvez não seja grande novidade falar disso no cinema. Mas, em 1967, Stanley Kramer dirigiu Guess who's coming to dinner, um filme que falava não só do preconceito recíproco entre "brancos" e "negros", mas também falava sobre temas como intolerância, relação entre pais e filhos, casamento inter-racial e hipocrisia. Constantemente considerado como datado, o filme conta com ótimos diálogos e tem a fantástica dupla Katharine Hepburn e Spencer Tracy (em sua última atuação), além de Sidney Poitier (em ótima atuação) e Katharine Houghton, sobrinha de Hepburn.

Mostrando a tensa relação entre as famílias Drayton e Prentice, Stanley Kramer nos faz refletir sobre o que somos e o que achamos que somos.

sábado, 31 de agosto de 2013

Os sabores do palácio (2012)



Minha relação com a França beira o amor e o ódio. Quando entrei na Letras, eu achava que conhecia muito da França. É, croissant, Torre Eiffel, Piaf, essas coisas que fazem a gente achar que conhecemos o hexágono. Mas não. Eu não conhecia a França e talvez não chegue a conhecer 1% do necessário. É como se cada pedacinho desse país fosse uma gavetinha, você abre e, voilà, um milhão de coisas inesperadas. Hoje eu quero abrir a gavetinha chamada “gastronomia francesa”. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cemitério Maldito (1989)


Conhecido como um grande mestre do terror, teve suas criações incansavelmente adaptadas para o cinema e séries de televisão. Há quem diga que Stephen King está para o terror, como Hitchcock para o suspense! Mas seu trabalho fora desse gênero também é reconhecido, principalmente depois das adaptações de sua Obra para o cinema em "Conta Comigo", "Um Sonho de Liberdade" (contos retirados do livro As Quatro Estações), "Eclipse Total" e "À Espera de Um Milagre". 

PET SEMATARY (ou Cemitério Maldito, no Brasil) segue a fórmula que virou uma marca: eventos sobrenaturais ocorrem em uma cidade pequena, longe da civilização. Também envolvendo crianças. O filme lançado em 1989 foi dirigido por Mary Lambert, com roteiro do próprio King. O livro é inspirado na antiga casa do autor, localizada próximo a uma rodovia onde passavam muitos caminhões. Muitos animais acabavam sendo vítimas de atropelamento, seus donos faziam verdadeiros funerais em um cemitério de animais.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Crescei-vos e multiplicai-vos (1964)




Nenhuma atriz representa melhor a mulher dos anos 60 para mim do que Anne Bancroft. Talvez a Sra.Robinson, personagem de A primeira noite de um homem, contribua para esse pensamento, afinal é difícil não se lembrar desse filme quando falamos dessa época. Apaixonada pela atuação dessa linda, fui procurar outros filmes dela para assistir. Foi assim que conheci The pumpkin eater (rebatizado por aqui de Crescei-vos e multiplicai-vos), um filme dois anos após seu Oscar pela arrebatadora atuação em O milagre de Anne Sullivan. Inclusive um Oscar roubado devidamente de Bette Davis, veja bem.

sábado, 24 de agosto de 2013

Uma Sombra em Nossas Vidas (1962)


Quando soube que Sophia Loren e Anthony Perkins gravaram dois filmes, fiquei desconfiado, achei que não tinham química ou no mínimo se tratava de uma combinação inusitada. O primeiro trabalho juntos foi "Desire Under the Elms" de 1958 em que Sophia interpreta uma madrasta que tinha uma relação de amor e ódio com o enteado (Perkins). O segundo foi realizado em 1962 (pós-Psicose) e trouxe Sophia e Anthony novamente às telas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A Montanha dos Sete Abutres (1951)


Lançado um ano após o inesquecível "Crepúsculo dos Deuses", essa Obra de Billy Wilder marca a primeira investida do diretor em um projeto como roteirista/produtor/diretor. Assisti à algum tempo, através da indicação de amigos e apesar de subestimado na época do lançamento, me parece o tipo de filme que "envelheceu" bem, talvez pela abordagem que ainda é extremamente atual. Cheio de personagens corrompíveis, retrata o circo feito pela imprensa para fabricar uma notícia.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Levada da breca (1938)


Junte um Cary Grant nerd, sério e comprometido, uma Katherine Hepburn ingenuamente maluca e hiperativa, um cachorrinho que ama ossos de brontossauro e um leopardo chamado Baby. Reunindo tudo isso com maestria, a direção do gênio Howard Hawks. Como resultado você terá uma das comédias mais insanas de todos os tempos: Bringing up Baby, de 1938.

Um rosto de mulher (1941)

Um rosto de mulher, filme de George Cukor, fechou com chave de ouro a era Joan Crawford na Metro Goldyn Mayer (MGM), estúdio que a acolheu desde os anos 20. Dizem que seu Oscar, em 1945, por Almas em suplício foi uma compensação por não ter ganho como a amarga Anna Holm em 1941. Parece que todos os fracassos de Crawford no estúdio (e tinham sido vários, o que lhe rendeu o título carinhoso de ‘veneno de bilheteria’) são esquecidos quando assistimos a esse filme. O papel de Anna Holm é o auge de sua maturidade como atriz.


domingo, 18 de agosto de 2013

Agoraphobia (2009)


"Eu tive tudo no meu reino, tudo que uma pessoa precisa para ser feliz: boa comida, sexo, 24 horas de entretenimento, 250 canais de todo o mundo, era intocável. Então como tudo deu errado? Até hoje, quando tento entender minha história estranha, não chego a uma conclusão. Mas eu sei de uma coisa, de alguma forma o mundo perfeito que eu criei, começou a desmoronar."

Essa raridade (me refiro assim, pois custou muito até que estivesse disponível para download) do cinema israelense tem a direção dos irmãos Yoav e Doron Paz. O filme retrata a agorafobia (s.f. aversão à espaços abertos) e foi protagonizado pelo ator Ofer Shechter, que optou permanecer três semanas confinado ao estúdio antes do filme ser rodado, para auxiliar na adaptação do personagem.